No dia 29 de setembro de 2020, a Polícia Federal deflagrou uma operação que teve como um dos alvos o governador do Pará Hélder Barbalho.
Em face disso, inúmeros “juízes das redes sociais”, a maioria por questão política, precipitaram-se em sentenciar a condenação.
Interessante: quando dizem algo de nós ou de quem gostamos, nunca é verdade; quando dizem ou espalham algo de alguém de quem não gostamos, sempre é verdade.
Quem conhece a Palavra, ora, ajoelha e louva, deve sempre lembrar da advertência que está em Mateus 7:1-2:
“Não julgueis para que não sejais julgados; com o juízo com que julgardes, vos hão de julgar”.
Conhecedor do coração humano, Jesus chega a chamar alguns de “sepulcros caiados” (Mateus 23:27) e avisa que nem todos que dizem “Senhor, Senhor!” entrarão no reino dos céus (Mateus 7:21).
Como não sou juiz, nem conheço os autos da investigação, prefiro ficar calado. Se for para me manifestar, que seja para defender.
Acusar é sempre mais fácil, pois já faz parte da natureza humana. Defender é uma arte que exige disciplina e compreensão dos dramas da vida, entre outras coisas.
A mim não me incomoda nenhuma investigação contra quem quer que seja. O que incomoda são as sentenças condenatórias de pessoas que afirmam ter certeza da veracidade das acusações sem sequer conhecerem os fatos e as provas. São pessoas emprenhadas pelos ouvidos, pelo “ouvir falar”. Tenho medo dessas pessoas.
Aprendi, até mesmo pela minha profissão, que muitas pessoas que responderam a ação penal e foram condenadas pela opinião pública, acabaram inocentadas ao final do processo. Todavia, suas reputações foram manchadas para sempre.
Meus amigos, em nome de Jesus, livrem-se do espírito de julgamento, NÃO AFIRMEM o que não sabem e ainda não está provado. Até porque, se tivesse provado, não precisava de investigação: já seria processo e sentença.
Deixemos a Justiça cuidar disso.
Toda vez que tu disparamos um julgamento fatal contra alguém, lançamos a semente que produzirão frutos que iremos colher no futuro.
Reflitamos! E paremos de julgar. Se não temos conhecimento dos FATOS, das CIRCUNSTÂNCIAS E DAS PROVAS, coloquemos um freio na nossa língua e preservemos nossa alma da angústia.
“A pessoa prudente põe freio na sua boca” (Prov 10:19).
Eu sei que este conselho vai cair no vazio, mas resolvi compartilhar. Quem quiser seguir que siga. Quem não quiser que colha os frutos das suas afirmações e julgamentos.
Em casos como este, prefiro esperar que a Justiça julgue como tem que ser e, ao final, saberemos quem é culpado ou inocente.
Fiquem com Deus! No coração, um beijo.
Por César Ramos